Vinte anos após ter chegado ao poder com o marido, Rosane Malta abre o coração. Separada do ex-presidente Fernando Collor de Mello desde 2005, ela afirma que sente ameaçada por se considerar um arquivo vivo da História da política brasileira.
Em setembro de 2006, por exemplo, quando Collor ainda ensaiava em Alagoas o seu retorno à cena política, o telefone tocou na mansão do bairro Murilópolis, em Maceió. Do outro lado da linha, uma voz ameaçava de morte a ex-primeira-dama do país.
- Eu ia para o lançamento do CD evangélico de Cecília de Arapiraca. A pessoa dizia que se fosse ao evento, eu não voltaria - relembra hoje, aos 45 anos.
Mas ela não se intimidou. O recado, dado sabe-se lá por quem, foi enviado durante a campanha de 28 dias do ex-marido ao Senado. Na época, Rosane tinha confirmado aos jornais declarações da ex-mãe de santo Cecília de Arapiraca de que o ex-presidente participava de rituais macabros.
- Se disser que não tenho medo de morrer, estaria mentindo. Acredito que Deus me ama e não vai permitir que nada de mal me aconteça, mas que sou um arquivo vivo, eu sou. Eu já disse na Justiça que qualquer coisa que acontecer com a minha vida, a responsabilidade é dele - acrescenta, se referindo ao ex-presidente da República, com quem foi casada por quase 22 anos.
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