EUNÁPOLIS – Um dos autores de um dos crimes mais horrendos de Eunápolis, o empresário Joaldo de Assunção Borges, 34 anos, enfrentou júri popular nesta segunda-feira (16), no Fórum de Eunápolis.
Ele foi condenado a 19 anos de prisão pelo seqüestro, tortura, morte, destruição e ocultação de cadáver, de Euclídes Ribeiro Nascimento, 20 anos, crime ocorrido em janeiro de 2007.
Joaldo foi condenado a cumprir a pena inicialmente em regime fechado, no Presídio de Teixeira de Freitas, e o juiz não lhe concedeu o direito de recorrer em liberdade, por se tratar de crime de natureza hedionda.
O julgamento foi conduzido pelo juiz Otaviano Andrade de Souza Sobrinho. O tribunal do júri esteve lotado. O promotor Dinalmari Mendonça atuou na acusação. O representante do Ministério Público sustentou a tese de que os fatos constituem os crimes pelos quais o réu foi pronunciado, e requereu a condenação.
A defesa ficou a cargo do advogado Jaílson Rocha, que sustentou a tese de negatividade de autoria, quanto aos crimes triplamente qualificados. "Joaldo em momento algum participou da morte de Euclides. Se ele não deu tiro, não torturou, porque vamos condená-los?". O advogado, que argumentou que Joaldo apenas levou a vítima a uma fazenda, requereu ao corpo de jurados a absolvição, pois, de acordo com com ele, a participação do réu se encerrou ali.
Passava da meia noite, quando o juiz Otaviano Andrade proferiu sentença condenando o réu Joaldo de Assunção Borges. O veredicto causou comoção entre amigos e parentes da vítima, que comemoraram discretamente o resultado obtido por unanimidade.
O CRIME – Os outros cinco acusados de envolvimento no assassinato de Euclides Ribeiro já haviam sido condenados em júri popular no ano passado. Indiciado como mentor do crime, Joaldo foi o último a ser julgado.
Ides Cruz de Almeida, 22 anos, ex-mulher da vítima, foi apontada como o pivô do crime. Ela trabalhava na empresa de Joaldo, com quem se envolveu amorosamente e teria convencido toda a sua família e Joaldo a eliminar o marido.
Após ser sequestrado, o rapaz foi torturado. O corpo, que foi queimado, só foi encontrado quatro meses depois em uma fazenda de Guaratinga, junto a ossos de animais
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