A criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o empresário Carlos Cachoeira e suas relações com políticos começou a preocupar a presidente Dilma Rousseff e rachou o PT, seu partido, informa reportagem de Catia Seabra, Natuza Nery e Andreza Matais, publicada na Folha desta sexta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Petistas disseram à Folha que a presidente não gostou de a CPI ter sido anunciada durante sua viagem aos EUA, nem da participação de alguns de seus principais ministros em uma reunião na semana passada que acabou dando o pontapé à investigação parlamentar.
Segundo o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a CPI mista --que reunirá deputados e senadores-- será instalada na próxima terça-feira (17).
Até lá, líderes partidários vão recolher as assinaturas necessárias para que o pedido de CPI seja encaminhado à Mesa do Congresso.
Para ser instalada, a CPI precisa do apoio de, no mínimo, 27 senadores e 171 deputados (do total de 81 senadores e 513 deputados).
Pelo texto apresentado ontem que pede a criação da comissão, as investigações devem se debruçar sobre as práticas criminosas do empresário Carlos Cachoeira, desvendadas pelas operações "Vegas e Monte Carlo", da Polícia Federal. O texto também fala da relação do empresário com agentes públicos e privados.
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