Quarenta e oito horas depois de a Operação Guilhotina, da Polícia Federal, fazer uma devassa na Polícia Civil e prender 38 pessoas, entre elas o ex-subchefe de Polícia Civil, Carlos Oliveira, ontem foi a vez da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e Inquéritos Especiais (Draco-IE), do Rio, entrar no foco. O chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, determinou que a especializada fosse lacrada para a apuração de supostas denúncias de extorsão.
Duas equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) estão de plantão na porta da Draco, na Gamboa, de onde ninguém sai ou entra, para evitar que qualquer documento seja retirado. Às 8h de hoje, equipe da Corregedoria Interna (Coinpol) fará buscas na sede da delegacia.
A crise na Segurança Pública do Rio, desta vez, atravessou a esfera da Polícia Civil e esbarrou na Secretaria de Segurança Pública (Seseg), já que o diretor da Draco, Claudio Ferraz, é homem de confiança do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame e, esta semana, será nomeado diretor da Contra-Inteligência da Secretaria.
Desde a semana passada, a Draco não pertence mais aos quadros da Polícia Civil. Em Diário Oficial, foi publicado que a delegacia ficaria sob a responsabilidade da Seseg e colaboraria com a Corregedoria Geral Unificada (CGU) nas investigações de desvios de conduta de servidores públicos.
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