“Você não precisa mais esperar até o final do ano para realizar seus projetos”, avisa a publicidade de um banco a respeito da antecipação do 13º salário. Apesar da possível descrença de muitos, é verdade: em pleno mês de janeiro, pelo menos quatro bancos já oferecem aos clientes a possibilidade de tomar emprestado valores referentes ao direito trabalhista, que normalmente só é pago pelas empresas no final do ano.
Com taxas de juros que variam entre 2,06% até 4,19%, é possível adiantar o recebimento de até 90% do 13º no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Real e Santander. Bradesco e Itaú ainda não lançaram o serviço.
O aviso de especialistas em finanças pessoais a respeito do assunto é claro: o empréstimo deve ser encarado como a última opção. “Só é recomendável para pessoas extremamente endividadas que pretendem usar o recurso para pagar menos juros”, avisa o planejador financeiro Erasmo Vieira.
Cuidados - “Antecipar por antecipar não é a melhor opção”, avisa o vice-presidente da Associação Brasileira dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Andrew Frank. O primeiro passo sugerido pelo especialista é que o endividado coloque no papel tudo o que tem para receber e o que precisa pagar nos próximos meses.
“Caso tenha dívidas com cartão ou cheque que não vai conseguir pagar em menos de três meses, pode-se considerar a antecipação”, avisa. Se houver gás no orçamento para pagar a dívida atual no curto prazo, o conselho é de não tomar um novo empréstimo. “Apesar de ter juros baixos, a antecipação é um compromisso de longo prazo (11 meses)”, analisa.
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