Ainda “viajo” com as histórias dos mais velhos sobre o Rio Cachoeira de outros tempos. Época de fartura, em que as águas eram cristalinas e era possível pescar pitus com as próprias mãos. Peixes, então, uma quantidade imensa e de várias espécies.
Hoje, ao passar pela ponte Góes Calmon – a pé, como é a regra no local – a cena deprime. No trecho do Cachoeira que é margeado à esquerda pela Rua Barão do Rio Branco e à direita pela Rua do Prado, formou-se uma nata de dejetos. A matéria orgânica apodrecida e fétida atrai as garças, que têm predileção por um peixe asfixiado.
Nada lembra o velho e caudaloso rio da infância de nossos pais. O Cachoeira, que foi o caminho por onde chegaram os primeiros desbravadores dessas terras, é tratado hoje como um mero repositório de esgotos, como se pudesse suportar qualquer agressão impunenemente. Vã ilusão.
Talvez quando todo o rio transformar-se em uma grande nata de dejetos, acordemos para a realidade.
pastor pprecisamos nos concientazar a nossa população, que o rio daqui uns anos vai acabar. Por isso temos que fazer alguma coisa.
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