EUNÁPOLIS - Um atleta de 20 anos, que jogava na Seleção Eunapolitana de Basquete, foi mais um jovem sucumbido pelo crack, a força irresistível que leva ao vício. Fabrício Barbosa do Nascimento reconhecia isso e chegou a pedir ajuda à família para ser internado no CAPS, onde era tratado contra a dependência química. O rapaz foi assassinado na noite deste sábado (19) com três tiros. A polícia suspeita que ele estivesse devendo a traficantes.
Depois de disputar as finais dos Jogos Abertos do Interior, semana passada, em Itabuna, Fabrício não voltou para a casa do tio -um policial militar-, onde estava morando. Fabrício foi viver em um barraco no Alecrim II, perto de uma 'boca de fumo'. O tio esteve no local e ficou chocado com as condições do lugar. Ele dormia no chão.
Segundo informações colhidas pela polícia, Fabrício dividia a casa com um homem conhecido como 'Negão', que seria o alvo inicial dos bandidos, mas que no momento não se encontrava. Uma mulher, nome ainda não divulgado, estava em companhia do jogador. Ela foi espancada e está internada no Hospital Geral de Eunápolis.
Eram por volta das 21h, três homens invadiram o barraco e atiraram em Fabrício, que tentou fugir, mas caiu em um terreno baldio, atingido nas costas, abdômen e no braço.
Os parentes acreditam que ele morreu por falta de atendimento, já que ficou no local, pedindo socorro, mas os moradores da baixada respeitam a 'lei do silêncio' imposta pelos traficantes e não acionaram o serviço de emergência médica. O corpo só foi encontrado por volta das 7h da manhã deste domingo (20). Fabrício nasceu na Bahia, mas ainda recém-nascido foi para São Paulo com a mãe. Há um ano ele tinha voltado para a sua terra natal.
O crack é uma droga que vicia com muito mais rapidez do que outras, e é um vício demolidor. Os próprios dependentes reconhecem isso quando pedem ajuda.
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