Na época do crime, José Nélis comandava a 8ª Coordenadoria da Polícia Civil (Coorpin), em Teixeira de Freitas. Segundo a denúncia, ele era inimigo do delegado André Serra. Os dois se tornaram desafetos por conta da investigação do homicídio do deputado Maurício Cotrim, em 2007, mas segundo o secretário de segurança pública César Nunes, Nélis mandou matar André Serra porque este estava investigando situações que incriminavam o delegado da 8ª Coorpin.
"Crimes de homicídio, crimes envolvendo partilhas de terra em que determinadas pessoas foram beneficiadas e que contou com a proteção do delegado Nélis", disse Nunes. Depois da desavença entre os dois delegados, Nélis foi afastado da 8ª Coorpin e passou a comandar o 2º Distrito de Feira de Santana. Foi quando Serra começou a investigar crimes cometidos pela quadrilha protegida por Nélis. Sabendo da investigação, Nélis encomendou a morte do colega ao pistoleiro Magno Nogueiro da Silva.
Foram presos, além de Nélis, Antônio Calumby Filho, Manoel Tercínio de Araújo e Manoel Barreto, nas cidades de Ubaitaba, Ubatã, Maraú e Camaçari. Nélis recebia dinheiro dos bandidos para não investigar assassinatos e outros crimes cometidos por eles. As investigações que levaram às prisões duraram 10 meses.
O delegado André Serra foi morto em outubro do ano passado quando dois homens em uma moto atiraram quatro vezes contra ele, em uma praça em Ipiaú. Os dois pistoleiros também tiveram mandado de prisão expedido, mas ainda não foram presos.
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