A polícia apurou que a denúncia de um dos casos teria partido de familiares da própria “estudante” e levada ao conhecimento da Direc. A.B.S. teria adquirido um histórico escolar onde comprovava ter se formado, em 2004, no tradicional curso técnico de Administração do Colégio Estadual de Ilhéus. Mas este curso, segundo informações da Direc, foi extinto em 98, seis anos antes. Também chamaram a atenção dos técnicos da Direc, duas assinaturas presentes no Histórico Escolar investigado. Uma delas seria de uma servidora aposentada desde 97. A outra, do atual secretário de Educação de Ilhéus, Sebastião Maciel, que aparece como diretor do colégio no período em que não ocupava mais o cargo. Outro aspecto destoante, na avaliação dos técnicos, foi a quantidade de matérias apresentadas no histórico, que não correspondia à matriz curricular do curso
A polícia pode estar a caminho de descobertas importantes sobre a existência de um grande esquema de falsificação de históricos escolares no sul da Bahia. Sebastião Maciel ainda revelou ao que, na década de 80, uma funcionária do Colégio Estadual teria sido demitida "a bem do serviço público", acusada de falsificar assinaturas e emitir documentos ilegais. "Lembro que naquela época os cartórios se negavam a autenticar documentos oriundos da escola. Ligavam para a gente e diziam: chegou mais um". À época, segundo pôde ser apurado, o histórico falso de segundo grau valia algo em torno de 100 reais, lembra o hoje secretário municipal de Educação.
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