Está sendo veiculada em todo o país, através da Central de Out-Door, uma campanha contra o uso do crack, essa droga de efeito devastador, que se espalhou como praga e atinge todas as camadas sociais em todas as partes do Brasil, das grandes metrópoles aos vilarejos poeirentos perdidos no mapa.
A campanha usa uma frase direta, de impacto, com o claro objetivo de chamar a atenção da sociedade:
CRACK: É CAIXÃO OU CADEIA.
O alerta, ameaçador, faz sentido na medida em que a o consumo de crack atingiu um nível tão alarmante que é o usuário embarca num caminho invariavelmente sem volta.
Como o crack exige de seus viciados um consumo permanente, são freqüentes os casos de pessoas que, para manter o vício, começam a cometer furtos domésticos e depois partem para cometerem assaltos.
E, a menos que você seja um político influente, empresário bem relacionado ou um figurão das altas esferas, roubar dá cadeia e o usuário que vira marginal acaba mesmo atrás das grades.
Ou então, o vício corrói o corpo de tal maneira que, passada a fase do pretenso bem-estar, o crack cobra a conta e arrebenta com o organismo do usuário. Aí, é um passo para a morte.
Cadeia ou caixão são sim ameaças reais para os usuários de crack.
Mas faltou algo nessa frase, que certamente seria uma solução.
Para que não se chegue ao estágio da cadeia ou do caixão, é preciso que haja prevenção.
E prevenção não passa apenas por campanhas de orientação, mas por ações que reduzam o risco de que nossas crianças, adolescentes e jovens mergulhem no abismo profundo do crack.
Ações que incluem a valorização e estruturação familiar, por programas de inclusão social que garantam acesso à educação, esporte/lazer e mercado de trabalho e pelo combate ao tráfico de drogas, que é feito quase às claras.
É muito melhor evitar o mal, do que tratá-lo, isso quando é possível algum tratamento.
O crack é menos uma questão de polícia e sim um gravíssimo problema social, que não pode ser tratado apenas com frases de efeito, por mais bem intencionadas que elas chegam.
Um caso mais de ação, do que de intenção.
E ação já!
fonte:blogdothame
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