Na verdade, esses poucos vereadores já não interpretam, não representam, não simbolizam os sentimentos da sociedade itabunense.
Se depender de alguns vereadores itabunenses, esta cosmopolita cidade só existe para alimentar seus apetites mercantilistas, comerciais, vorazes, lucros. Itabuna, para alguns vereadores, é um supermercado, um balcão de negócios. Ou, quem sabe, comunidade, sociedade de pererecas. Mas Itabuna é possuída de outros valores espirituais, morais, nobres e resistirá, combaterá os usurpadores do dinheiro público, os maus, por mais que a impunidade os favoreça. Itabuna é invendável e estou convencido de que iremos resistir sem preço e sem medo.
Na verdade, esses poucos vereadores já não interpretam, não representam, não simbolizam os sentimentos da sociedade itabunense. Mas, por motivos gananciosos, por razões amorais, imorais, estão estuprando a contemporânea história de Itabuna, como cada um deles mancha sua própria história política, objetivando garantir temporariamente ganhos financeiros particulares praticando gestos, ações indevidas com o patrimônio público. Nesta vida, tudo tem limites, apesar da brutalidade do “sistema” para com os decentes.
Ora, além de gananciosos e estúpidos, esses poucos vereadores, já identificados pelos veículos de comunicação, já conhecidos pela opinião pública, retratados pela sociedade, estão brincando com a sensibilidade dos contribuintes, com a sensibilidade do homem comum, como antigamente brincavam os senhores marqueses, os senhores feudais, os ditadores. Civilizadamente, a sociedade implora punição aos Tribunais de Justiça, ao Ministério Público, Polícia Federal.
Mas temos a obrigatoriedade de constrangedoramente reconhecer que a própria sociedade tem culpabilidade, a sociedade tem culpa neste processo. Paulo Maluf, por exemplo, que tem incontáveis processos nos Tribunais, novamente nesta eleição de 2010 conseguiu se reeleger deputado federal com a colossal quantidade de 500 mil votos. Alguém já dissera, sabiamente, que dentro da sociedade, dentro de cada um de nós, há dois cachorrinhos: o bom e o mau. Nós escolhemos qual deles vamos alimentar. Se a escolha for pelo bom, só coisas boas vão acontecer.
Eduardo Anunciação é jornalista e articulista do Diário Bahia e Contudo.
Extraído do pimentablog
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