EUNÁPOLIS - O delegado Evy Paternostro, coordenador da 23ª Coorpin, prossegue com as investigações sobre a morte de dois professores, que eram dirigentes da APLB-Sindicato de Porto Seguro. O presidente Álvaro Henrique Santos, 28 anos, e o secretário Elisnei Pereira, 31, foram assassinados no dia 17 de agosto do ano passado na zona rural do município.
Nesta quarta-feira (6), Evy convidou o secretário de Governo e Comunicação da Prefeitura de Porto Seguro, Edésio Lima para prestar esclarecimento. O depoimento aconteceu no fim da tarde, na sede da 23ª Coorpin, na cidade de Eunápolis. Evy não falou sobre o depoimento, pois o inquérito segue em segredo de justiça.
Após ser ouvido, o secretário Edésio concedeu entrevista exclusiva disse que a não participação de integrantes do governo no crime, que classifica de bárbaro e ignóbil, precisava ser esclarecida de uma vez por todas.
'Colocamos que o governo jamais teria interesse em cometer um crime de tal natureza. Pelo contrário, estamos lutando para que o fato seja esclarecido e que os verdadeiros culpados paguem por isso. Nós acreditamos na inteligência da polícia baiana e na Justiça', frisa.
Indagado sobre a quem serve colocar a culpa no governo, o secretário respondeu que serve apenas aos opositores de plantão.
'Aquelas pessoas que não tiveram zelo com a coisa pública, quando passaram pela administração do município. Eles tentam culpabilizar o governo, que está tendo uma característica nova, administrando com lisura e transparência, respeitando o cidadão. A família Pinto, em seus meios de comunicação, e o deputado Uldurico Pinto, com sua insandisse e loucura, denunciam o irreal, com calunias sobre o episodio', desabafa.
Quando foram mortos, os sindicalistas estavam em negociação salarial com a Prefeitura de Porto Seguro. Uma greve estava para ser deflagrada.
'Eu conheço a luta sindical. Já participei de muitas. Por isso, sabia que dia, menos dia, esses embates terminariam, com as partes se ajustando, como estava para acontecer. Em todos os embates, existem posições políticas, mas com democracia, respeitabilidade das posições e o respeito maior, que é pelo ser humano. Essa é nossa prática. Nossa vida nos credencia, na luta que tivemos ao longo da vida contra a ditadura militar. Jamais contribuiremos para fatos com esse. A verdade virá à tona e Porto Seguro, mais uma vez, saberá quem são os verdadeiros culpados pela violência’,
crédito:radar64
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