E nesta última sexta-feira (17), atendendo justamente solicitação do Ministério Público, a juíza Andréia Beraldi decretou a interdição da cadeia pública de Medeiros Neto. O pedido foi feito pelo promotor George Elias Gonçalves Pereira.
Fome
De acordo com a decisão a cadeia deve ser lacrada até a regularização do fornecimento de alimentação, que foi suspenso por falta de licitação, conforme apurou o Ministério Público estadual. A situação chegou a um patamar tão vergonhoso, que o próprio delegado Kleber Eduardo Gonçalves, titular de Medeiros Neto, requereu a transferência dos detentos, justamente pela falta de comida.
A juíza Andréia Beraldi determinou que a Prefeitura passasse a fornecer, provisoriamente, a alimentação aos 16 presos custodiados na cadeia pública de Medeiros Neto. O promotor George Elias Gonçalves Pereira reclama, entretanto, que os presos ficaram sem as refeições porque a Prefeitura não pagou ao restaurante fornecedor.
A cadeia, segundo constatou o promotor, não oferece as mínimas condições de higiene, salubridade, educação, lazer, atendimento de saúde e psicológico, além da ausência do banho de sol. Em sua decisão a juíza Andréia Beraldi enfatizou a notória falta de condições humanas para se manter alguém encarcerado no local.
No início deste ano de 2012 o Teixeira News teve acesso ao cubículo onde funciona a carceragem da Delegacia da Polícia Civil de Medeiros Neto. Na realidade a prisão fica localizada nos fundos da delegacia, numa construção antiga e com várias infiltrações, com grades enferrujadas, sistema hidráulico exposto e pouquíssima ventilação. “Aqui os presos não fogem se não quiserem”, disse uma vizinha da unidade na época.
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