Até que ponto esse dito popular tem sua veracidade? E mais... Será que generalizar tal analogia não nos torna “carrasco” da própria sociedade em que vivemos?
O fato é que, veementemente, o radicalismo toma conta da opinião pública e isso se deve aos maus exemplos que a humanidade vem dando ao longo dos tempos. É como se a sociedade estivesse farta de esperar por um mundo melhor, desacreditando de tudo e de todos.
Essa falta de fé leva à estigmatização de comportamentos e acaba gerando estereótipos, como por exemplo, um político, figura que para a maioria de nós não passa de um ladrão. O que não é verdade, assim como, nem todo jogador de futebol é analfabeto e vem da favela.
Mas quem não conhece pessoas que denigrem as esferas da sociedade? Se fossem poucas até daria para “relaxar” e confiar mais nos que tem boa vontade para nos provar que ainda existe dignidade no mundo. Se ao menos, os bons não ficassem “à sombra” dessas figuras assombrosas daria para enxergar a transparência de suas atitudes, mas infelizmente, não é dessa forma que as engrenagens funcionam. Basta a frase: “diga-me com quem andas que te direi quem és” e pronto, sua conduta já se define pela de outrem. Em outras palavras, não é simples “separar o joio do trigo” quando a própria sociedade estabelece uma visão padronizada e mal formulada das coisas e das pessoas.
Onde vamos parar se não pararmos com isso? Esquecemo-nos que somos donos de um senso crítico que nos dá a responsabilidade de filtrar o que é certo e o que é errado. Ignoramos que somos dotados da capacidade de julgar pelos nossos conhecimentos e não pela cabeça dos outros? Então por que ser “Maria vai com as outras” quando temos em nossas mãos o poder das nossas escolhas.
Acredito que agindo por conta e risco cada pessoa é responsável pelos seus atos. E, partindo dessa premissa fica bem mais fácil “dar nome aos bois”. Porém, é necessário buscarmos discernimento nas coisas que vemos e escutamos para que saibamos falar com sabedoria.
No final das contas, somos vítimas da própria injustiça que causamos ao julgar o “todo pela parte”, pois fazemos parte da mesma sociedade que discriminamos e pré-julgamos.
Portanto, “REPENSE”, não são apenas os outros, somos todos nós? Ou, são apenas os outros e não todos nós?
Renan Saint é Escritor e Redator Chefe do Radar Noticias
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