A defesa de Wenceslau Júnior (PCdoB) classificou de pirotecnia o pedido do promotor público Inocêncio de Carvalho que resultou em afastamento por 90 dias do vereador itabunense e outros cinco colegas de legislatura. “O que existe é uma manjada ação cautelar preparatória, com nítido viés de pirotecnia”, acusa o advogado Bruno Adry no recurso apresentado ao Tribunal de Justiça da Bahia.
O agravo de instrumento contra decisão da juíza substituta da 1ª Vara da Fazenda Pública de Itabuna, Rosineide Almeida, foi interposto no final de semana. A pedido da promotoria, a juíza afastou, na quinta, 26, o comunista e os vereadores Clóvis Loiola (PSDC), Roberto de Souza (PR), Raimundo Pólvora (DEM), Solon Pinheiro (PSDB) e Ricardo Bacelar (PSC).
A defesa de Wenceslau também cita como suposta “prova de pirotecnia” o fato de a entrevista do promotor Inocêncio de Carvalho à Rádio Difusora ter sido “anunciada diversas vezes como uma notícia bombástica”. A entrevista foi ao ar no dia 20 de abril.
“INTERFERÊNCIA” NO LEGISLATIVO
Na ação cautelar pelo afastamento dos vereadores, o promotor público Inocêncio de Carvalho também solicitou cópias dos contratos de créditos consignados assinados pela Câmara com a rede bancária. A promotoria ainda acusa os vereadores de denunciação caluniosa ao dar queixa de suposto arrombamento da Câmara.
Além do agravo de instrumento, a defesa de Wenceslau Júnior também entrou com pedido de suspensão da liminar por entender que a Justiça interferiu em outro poder, o legislativo. Para Adry, a decisão acarretará em lesão às finanças da Câmara, que pagará vencimento a 19 vereadores (seis suplentes e os seis afastados).
MOVIMENTAÇÃO NO TJ-BA
Os agravos de instrumento interpostos pelas defesas dos vereadores afastados de Itabuna serão apreciados pelo desembargador José Olegário Monção Caldas. Ele foi sorteado pelo Tribunal de Justiça da Bahia para analisar os recursos contra a decisão de primeira instância.
O vereador Solon Pinheiro (DEM) constituiu o criminalista Sérgio Habib para a sua defesa no TJ-BA. O advogado Luiz Bezerra é o defensor de Ricardo Bacelar (PSC). Clóvis Loiola (PSDC) tem na defesa o advogado itabunense Alah Góes. A expectativa otimista é de que a decisão sobre os agravos saia até a sexta, 4. fonte:pimentablog
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