Vereadores acusados de suposto envolvimento em um esquema para a
obtenção fraudulenta de empréstimos consignados aproveitaram o plenário
lotado de professores e o intervalo entre as sessões de votação
extraordinária na Câmara de Itabuna, na manhã desta segunda-feira, 23,
para rebater denúncias contra cada um deles. Também fizeram acusações ao Ministério Público.
O primeiro a falar foi Wenceslau Junior (PCdoB) que se considerou
surpreso com a ação do promotor de Justiça Inocêncio Carvalho
protocolada na Justiça às 17h30min do dia 19, mas tornada pública às 9
horas do dia seguinte em programa da Radio Difusora Sul da Bahia. “Não
fui chamado pelo MP a prestar esclarecimentos em momento algum.
Surpreende a entrevista no rádio e a pressa na divulgação antes de o
Juízo da Vara da Fazenda Pública se pronunciar”, reclamou.
Wenceslau acrescentou ter protocolado petição ao magistrado contendo
autorização para quebra de seus sigilos bancário, telefônico e fiscal.
Também reafirmou, em tom indignado, que o PCdoB manterá independência,
não recuará e, independente do processo, “não se coligará para
fortalecer projeto político pessoal e familiar de quem quer que seja”.
“Não vamos aceitar imposição de candidaturas de esposa de ninguém”,
disse. “Ninguém chuta cachorro morto”, concluiu.
Os vereadores Roberto de Souza (PR), Solon Pinheiro (DEM) e Raimundo
Pólvora (DEM) também se defenderam das acusações e disseram que vão
provar inocência. Roberto disse estranhar que as acusações surjam depois
de ter protolocado sete denúncias contra o vereador Ruy Machado três
das quais por aumentar para 84 o número de cargos comissionados no
Legislativo, descontar cheques emitidos pela Câmara em casas lotéricas e
superfaturar obras da sede da instituição.
Solon e Raimundo Pólvora consideraram “imprudência” e
“irresponsabilidade” a denúncia do representante do Ministério Público
da Bahia. (pimentablog)
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