Sexta-feira Santa é dia de fartura. Quem deixou para comprar às vésperas os ingredientes que vão compor os pratos da mesa nessa ocasião sai ganhando em qualidade, porque vai consumir produtos frescos, mas vai pagar, em média, de R$ 2 a R$ 4 a mais – por quilo de item. No entanto, além do preço, o consumidor deve atentar para as condições dos ingredientes dos pratos típicos da data.
Item principal da ceia da Sexta-feira da Paixão, o peixe merece atenção especial antes de ser levado à cozinha. “Os olhos esbranquiçados e murchos querem dizer que o peixe ficou muito tempo na geladeira e, para quem quer algo fresco, não é o ideal”, avisa o feirante Roberto Bonfim. Ele trabalha há 25 anos vendendo peixe na Feira das Sete Portas. Bonfim acrescenta que cheiro e aparência devem ser criteriosamente avaliados. “O cheiro ruim é porque está passado ou foi mal armazenado”, orienta.
Nas Sete Portas, os preços dos peixes mais procurados, corvina e vermelho, são, respectivamente, R$ 10 e R$ 17, o quilo. As duas espécies podiam ser encontradas no início do mês a R$ 8 (o quilo da corvina) e R$ 15 (o do vermelho). Também com o ajuste de R$ 2 por quilo, é possível comprar xaréu e cavala a R$ 12 e pescada amarela a R$ 18.
O sal que “cura” o bacalhau deixa o senhor José Pereira tranquilo, “porque não tem perigo de ter bactéria”, presume. No entanto, o comerciante Augusto Costa, que há 20 anos vende peixes salgados, afirma que ainda assim é preciso sentir a textura, que deve estar firme, e observar se há alguma coloração atípica à espécie. Três reais a mais que na semana passada, o quilo do bacalhau está entre R$ 19 e R$ 20. O quilo da miraguaia está a R$ 25, e o do pirarucu em rolo chega a R$ 26.
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