Patrícia de Jesus Leal, namorada de um dos acusados de ter decapitado Janaína Cristina Brito Conceição, 16 anos, e Gabriela Alves Nunes, 13, contou à polícia que as adolescentes assassinadas no IAPI passaram a madrugada do último dia 19 na casa dela. Após o crime, Patrícia disse que foi obrigada a dar abrigo aos assassinos.
Moradoras do Engenho Velho de Brotas, Janaína e Gabriela foram torturadas e mortas, segundo a polícia, pelos traficantes Alex Santos Silva, o Lequinho, Adriano Silva Nunes e Risolvaldo Hora Costa, o Riso. Eles já tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Os corpos foram desovados numa transversal da San Martin.Patrícia prestou depoimento anteontem, na Delegacia de Homicídios, mas só ontem parte do interrogatório veio à tona. Também na quarta, a polícia ouviu Rosimere Ferreira de Araújo, 20 anos, ex-namorada de Lequinho. Ela disse que não sabe o paradeiro dos acusados.Um homem encapuzado e protegido com coletes à prova de balas foi levado à 4ª Delegacia, em São Caetano, onde o duplo homicídio é investigado. A conversa entre o homem e o delegado Omar Andrade Leal não passou de três minutos. Segundo agentes, ele apontou um local onde poderiam estar os bandidos. Mas, ao chegarem ao local indicado - uma casa na rua Nova Divineia -, o imóvel estava abandonado. Ainda ontem, enquanto Patrícia era novamente interrogada - desta vez pelo delegado Omar Andrade Leal, da 4ª DP - agentes foram à casa dela, na Nova Divineia, onde encontraram uma mochila vermelha e preta, que seria de uma das jovens assassinadas.A polícia investiga a possibilidade de Patrícia ser a mulher que teria aliciado Janaína e Gabriela pela internet. No início da noite, a Superintendência de Inteligência da Polícia Civil encaminhou à delegacia dois CDs de fotos resultado de análise da memória de um dos computadores usados pelas meninas. Hoje, às 18h, será realizada a missa de sétimo dia das jovens na igreja Menino de Deus, no Engenho Velho de Brotas.
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