Prefeito se desequilibra e agride pública e verbalmente Professora da Rede Municipal
Em
reunião promovida por representantes da Igreja Católica e realizada no
dia 20 de setembro no antigo Colégio Diocesano, a professora municipal
Maria Aparecida Santos Torres foi agredida verbalmente pelo prefeito
Guilherme Menezes de Andrade apenas por questionar a situação da
Educação Pública em Vitória da Conquista. Ao argumentar sobre os
problemas que a escola onde leciona atravessa, a professora foi chamada
de “desequilibrada” pelo prefeito, que, em seguida, ignorou as queixas
de Maria Aparecida e continuou discursando como se nada houvesse
acontecido.
A
professora só pode participar da reunião porque naquele dia os alunos
da escola onde trabalha foram dispensados mais cedo: não havia água para
preparar a merenda e as crianças reclamavam que estavam com sede. Ao
sair da escola passou em frente ao local de realização do encontro, que
ela pensava se tratar de um debate, e por isso decidiu participar. Na
realidade o evento, de acordo com a professora, era uma reunião entre
alguns membros da Igreja Católica e que contava com a participação
exclusiva de Guilherme Menezes e de seus correligionários do PT e demais
legendas que compõem a coligação do prefeito, candidato à reeleição.
Ao
ouvir o discurso de Guilherme enaltecendo a Educação oferecida pelo
Município, a professora não se conteve e falou sobre a falta de água na
sua escola e sobre a situação dos alunos. Esperava uma resposta elegante
e digna de uma autoridade política, mas ouviu a agressão verbal
dirigida pelo próprio prefeito e argumentação da Secretária de Educação,
Nitânia Brito, de que “quem manda água para a sua escola é a Embasa”, (grifo nosso).
A
escola, um prédio público, não é da professora, e sim do Município,
e
as autoridades presentes, em vez de agredir deveriam se preocupar com os
alunos e averiguar o problema. Mas o prefeito prefere taxar de
adversário todos os que o contestam e demonstra, desde há muito,
dificuldade para aceitar críticas. Desta vez, no entanto, chegou ao
limite possível da falta de compostura diante do cargo que ocupa.
Agredir, mesmo que verbalmente, funcionários municipais é uma
demonstração da total incapacidade para o diálogo e uma mostra de
intransigência e truculência política.
A professora Maria Aparecida Santos Torres já protocolou queixa junto ao sindicato e denunciou o fato no Facebook.
O
SIMMP, como representante da categoria dos professores públicos
municipais vem a público manifestar seu repúdio à atitude do prefeito e
da Secretária de Educação e está pronto para tomar as medidas legais
cabíveis, caso a Comissão Especial, instituída pela portaria 221/2012,
não se manifeste adequadamente a respeito da queixa protocolada. Os
professores municipais de Vitória da Conquista há anos são vilipendiados
com baixos salários e péssimas condições de ensino, mas, passar do
desrespeito à categoria para a agressão é fato que não poderemos
tolerar.
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