A principal característica distintiva da pesquisa boca de urna é que as entrevistas são feitas depois que o eleitor vota. Sob este aspecto esse tipo de levantamento tem, pelo menos, duas grandes vantagens sobre o survey convencional, que é realizado pré-voto:
(1) capta os sentimentos mais recentes dos eleitores, atualidade que a pesquisa normal não chega a alcançar e (2) a intenção de voto do eleitor já se materializou: os indecisos se decidiram, e quem eventualmente cogitava mudar de uma candidatura para outra, não mais pode fazê-lo.
Daí por que a pesquisa boca de urna é a modalidade que apresenta o maior índice de acertos, quando se comparam suas estimativas com os resultados oficiais das eleições. Quer dizer, os prognósticos da pesquisa boca de urna, que estão dentro da margem de erro amostral considerada, são os que mais se aproximam dos valores observados, relativamente aos levantamentos normais de antes do dia da eleição.
Surpreendentemente, as eleições majoritárias deste ano se encarregaram de contradizer a constatação amplamente alicerçada na evidência empírica de que pesquisa de boca de urna erra pouco.
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