Argeane Silva dos Santos, 29 anos, que ainda se recuperava do parto do bebê que teve há menos de dois meses, foi morta pelo marido, na madrugada deste domingo (20), em Eunápolis.
O autor confesso, Edson Assis dos Santos, 41 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Militar, pouco tempo depois e alegou que matou por ciúmes.
Amigos e familiares de Argeane, no entanto, discordam da versão, ao afirmar que a mulher era honesta e trabalhadora e que Edson era violento.
A Polícia Militar informou que recebeu o alerta do homicídio por volta das 7h da manhã. Edson teria telefonado para um amigo, avisando que tinha feito uma besteira. Este, por sua vez, comunicou o fato à família da vítima, que acionou a PM.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) se deslocou para o local, mas de acordo com os médicos Argeane tinha sido morta já há algumas horas, pois o corpo começava a ficar enrijecido.
A polícia disse que o bebê do casal ainda estava no local e foi retirado por amigos. Segundo os peritos, Argeane foi morta com dois golpes de arma branca, que atingiram cabeça e tórax, o que ainda será confirmado pelos legistas.
O corpo foi encontrado dentro do banheiro da casa, que fica em um pequeno condomínio na Rua Pau Brasil, no bairro Pequi. Antes de fugir, Edson ainda escreveu um bilhete e deixou em cima da mesa, contando os motivos do crime.
Perto da carta, também estava uma faca, sem manchas de sangue, e que a perícia vai tentar descobrir se ela foi usada pelo assassino e depois lavada.
Edson foi preso por volta das 09h30, na casa de um conhecido, no bairro Santa Isabel, nas proximidades da Urbis III. A Polícia Militar ainda aguardava a chegada da perícia e remoção do corpo, quando recebeu denúncia anônima.
Os PMs se deslocaram para o local, e encontram Edson dormindo em um sofá. Desorientado, ele afirmou que matou porque estava sendo traído. O delegado plantonista Milton Oliveira afirmou ao RADAR64 que ele será autuado em flagrante por crime passional, motivado por paixão, conforme prevê o artigo 121 do Código Penal, o que poderá atenuar a sua pena.
Argeane, que trabalhava de cobradora de ônibus, tinha voltado para o marido há poucos meses, logo após o parto. O irmão contou que o motivo da separação foi porque ele teria queimado as suas roupas e outros objetos e que Edson forçou a volta. Os dois conviviam há quase 12 anos.
Além do recém-nascido, ela deixa um filho de 12 anos, de outro casamento. Edson, que estava desempregado, tinha outros três filhos menores, também de outro relacionamento.
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