Valéria Ettinger lelaettinger@hotmail.com
Sinceramente, o que espero de 2012, o ano das grandes mudanças, é que um raio caia na cidade de Itabuna e possamos encontrar um remédio para combater essa bipolaridade política.
Quando eu era criança ouvia os adultos dizerem: Itabuna é o ouro da Bahia. Itabuna é a cidade que sustenta o Estado da Bahia. No campo da moda Itabuna, estava sempre à frente da capital Salvador e, por ser assim tão promissora, até os filhos dos grandes políticos da Bahia tinham costume de dar uns “bordejos” para o lado de cá.
Mas, no quesito política, Itabuna nunca foi tão inovadora assim.
Vejo que nos últimos 30 anos a cidade não evoluiu, significativamente. Alguns até dizem: foi a crise do cacau que gerou tudo isso. Mas não me refiro a crescimento econômico, visto que fatores econômicos são cíclicos e novos arranjos se fazem para movimentar a economia de um centro, como ocorreu por aqui com a chegada das faculdades particulares, das indústrias e dos investimentos privados no comércio local. Refiro-me a uma estagnação política, sem inovação, sem resolutividade e sem perspectivas de mudança.
Uma política baseada em uma dicotomia de grupos políticos. Fico a pensar: será que o ranço dos tempos dos coronéis, ainda, está impregnado no inconsciente do povo itabunense e, por isso, os itabunenses não conseguem enxergar ou até fazer surgir novas lideranças capazes de quebrar com essa bipolaridade ou mudar o modo de fazer política local?
Vejo muito dinheiro e tempo jogados fora, pois como é comum na política brasileira o “se o meu antecessor é oposição ou inimigo político não darei continuidade ao seu trabalho para não valorizá-lo”. Começarei uma nova ideia e um novo serviço. Muda-se inclusive o layout da prefeitura! Ora, mas a prefeitura não é a mesma? Para que mudar? O povo não sabe que o prefeito mudou? E, assim, o dinheiro público escoa pelo esgoto sem retorno direto à população.
Eis que surge a esperança! E a mala que foi arrumada e desarruma será enterrada. Glória! Fomos salvos. Doce ilusão, a esperança ficou só na espera e o buraco ficou mais profundo. Desculpem, quero dizer os buracos, porque são vários. Basta dar um belo passeio por nossa arborizada, limpa, cheirosa, saneada e funcional cidade.
Mas, como a esperança é a última que morre, tão dizendo por aí que os efeitos da mudança planetária estão atingindo a cidade de Itabuna: o amor está prevalecendo, pois os inimigos estão fazendo as pazes e pretendem se unir em um só coração… Então, nunca existiu dicotomia, era só birra? Ou estão seguindo o conselho de Maquiavel: vamos nos unir para não perdermos o nosso posto, para que o nosso mais novo inimigo não se mantenha no poder. Parece até aquele filme: “A volta dos que não foram…”
Sinceramente, o que espero de 2012, o ano das grandes mudanças, é que um raio caia na cidade de Itabuna e possamos encontrar um remédio para combater essa bipolaridade política e esse modo antiquado, inadequado e irresolúvel de fazer política local ...
Valéria Ettinger é professora universitária.
Sinceramente, o que espero de 2012, o ano das grandes mudanças, é que um raio caia na cidade de Itabuna e possamos encontrar um remédio para combater essa bipolaridade política.
Quando eu era criança ouvia os adultos dizerem: Itabuna é o ouro da Bahia. Itabuna é a cidade que sustenta o Estado da Bahia. No campo da moda Itabuna, estava sempre à frente da capital Salvador e, por ser assim tão promissora, até os filhos dos grandes políticos da Bahia tinham costume de dar uns “bordejos” para o lado de cá.
Mas, no quesito política, Itabuna nunca foi tão inovadora assim.
Vejo que nos últimos 30 anos a cidade não evoluiu, significativamente. Alguns até dizem: foi a crise do cacau que gerou tudo isso. Mas não me refiro a crescimento econômico, visto que fatores econômicos são cíclicos e novos arranjos se fazem para movimentar a economia de um centro, como ocorreu por aqui com a chegada das faculdades particulares, das indústrias e dos investimentos privados no comércio local. Refiro-me a uma estagnação política, sem inovação, sem resolutividade e sem perspectivas de mudança.
Uma política baseada em uma dicotomia de grupos políticos. Fico a pensar: será que o ranço dos tempos dos coronéis, ainda, está impregnado no inconsciente do povo itabunense e, por isso, os itabunenses não conseguem enxergar ou até fazer surgir novas lideranças capazes de quebrar com essa bipolaridade ou mudar o modo de fazer política local?
Vejo muito dinheiro e tempo jogados fora, pois como é comum na política brasileira o “se o meu antecessor é oposição ou inimigo político não darei continuidade ao seu trabalho para não valorizá-lo”. Começarei uma nova ideia e um novo serviço. Muda-se inclusive o layout da prefeitura! Ora, mas a prefeitura não é a mesma? Para que mudar? O povo não sabe que o prefeito mudou? E, assim, o dinheiro público escoa pelo esgoto sem retorno direto à população.
Eis que surge a esperança! E a mala que foi arrumada e desarruma será enterrada. Glória! Fomos salvos. Doce ilusão, a esperança ficou só na espera e o buraco ficou mais profundo. Desculpem, quero dizer os buracos, porque são vários. Basta dar um belo passeio por nossa arborizada, limpa, cheirosa, saneada e funcional cidade.
Mas, como a esperança é a última que morre, tão dizendo por aí que os efeitos da mudança planetária estão atingindo a cidade de Itabuna: o amor está prevalecendo, pois os inimigos estão fazendo as pazes e pretendem se unir em um só coração… Então, nunca existiu dicotomia, era só birra? Ou estão seguindo o conselho de Maquiavel: vamos nos unir para não perdermos o nosso posto, para que o nosso mais novo inimigo não se mantenha no poder. Parece até aquele filme: “A volta dos que não foram…”
Sinceramente, o que espero de 2012, o ano das grandes mudanças, é que um raio caia na cidade de Itabuna e possamos encontrar um remédio para combater essa bipolaridade política e esse modo antiquado, inadequado e irresolúvel de fazer política local ...
Valéria Ettinger é professora universitária.
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