Da varanda de casa, o policial percebe um jovem de aproximadamente 19 anos em movimento “suspeito” nas imediações de um frigorífico do bairro de Fátima, em Itabuna. Ele desce, faz a abordagem e leva o rapaz “em cana”. O adolescente estava, por assim dizer, cheio da grana. R$ 7 mil. Pronto, “era ladrão”.
O policial, cumpridor do seu dever, some com o garoto. Foi encaminhado para a delegacia? Ledo engano! O PM o levou para um local ermo, conhecido como Volta da Cobra, próximo ao Hospital de Base de Itabuna. Tomou todo o dinheiro do rapaz e disse que, por sorte, não iria lhe tirar a vida, segundo contou a vítima.
O jovem teve ali o sentimento de que viveu de novo. Rumou para a empresa e contou toda a história. O empresário foi ao Ministério Público, denunciou o policial. A justiça foi acionada, assim como o comando do 15º Batalhão de Polícia Militar.
Todos decidiram ir à casa do policial, bem ali próximo de onde tudo começou, no bairro de Fátima. Lá, foram encontrados os R$ 7 mil. O dinheiro estava sobre a mesa e o celular do jovem – sim, até o celular! – estava no bolso do policial.
A versão de ambos está para ser conhecida. Há menos de uma hora, quando iniciou-se a tomada de depoimentos, o PM desmaiou e foi encaminhado para o Hospital Calixto Midlej Filho, numa ambulância do Samu 192. O soldado Jackson resistiu a abrir a porta para o oficial de justiça, que decidiu arrombá-la. O flagrante contra o policial já foi lavrado.
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