Quatro módulos da PM são metralhados nesta segunda em Salvador
A TARDE On Line*
Quatro módulos da Polícia Militar (PM) foram metralhados na madrugada desta segunda-feira, 7, em ataques conjuntos em Salvador. Três policiais foram baleados na ação e três suspeitos e participação nos crimes foram mortos após perseguição da PM. Os ataques aconteceram na Ribeira, Uruguai, Estação Pirajá e Mussurunga. A ação foi realizada por 12 homens em três carros, de acordo com nota emitida pela corporação.
Os três policiais estão com quadro estável. O sargento Flaviano Caetano Boa Morte foi baleado no módulo do Uruguai. Ele foi atingido no tórax e no braço e levado para o Hospital São Jorge, no Largo de Roma, em seguida transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde fez uma drenagem toráxica. O sargento foi transferido para o Hospital Espanhol.
Os soldados Uelinton Barbosa dos Santos e Israel Conrado de Araújo foram baleados no módulo de Pirajá. Uelinton foi baleado de raspão na cabeça e Israel nas duas pernas. Este último apresenta quadro de hemorragia. Santos está internado no Hospital Roberto Santos e Araújo no Hospital Espanhol.
O major Anildo, coordenador do serviço de valorização profissional da PM, disse que os soldados ouviram o alerta da Central de Telecomunicações das Polícias (Centel) sobre os ataques, mas que não tiveram tempo de reagir, já que os bandidos chegaram logo em seguida atirando.
Confronto - Após a ação, agentes da Companhia de Ações Especias do Litoral Norte (Cael) viram, na Paralela, três homens suspeitos dentro de um veículo Fiesta preto. Houve confronto e perseguição. Os suspeitos foram interceptados na Avenida ACM, próximo ao Hiper Bompreço, onde foram baleados após troca de tiros. Jeferson Oliveira Santos, Danilo dos Santos Souza e um terceiro homem, sem identificação, foram levados para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiram aos ferimentos e morreram. No veículo, a polícia encontrou dois revólveres calibre 38, uma pistola 380, munições, uma touca preta e celulares.
Represália - Policiais que pediram para não ser identificados dizem que os ataques seriam uma represália à transferência do traficante Cláudio Eduardo Campanha da Silva para um presídio de segurança máxima. Campanha é apontado como sucessor de Eberson Santos, o Piti, que morreu em agosto de 2007.
Campanha foi transferido, por ordem judicial, entre quinta, 3, e sexta, 4, para uma prisão federal em Mato Grosso do Sul, de acordo com informação da assessoria de imprensa da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH). Ele estava preso na Unidade Especial Disciplinar (UED), em Mata Escura.
O governador Jaques Wagner confirmou a motivação para o ataque. "Não tenho dúvida que foi uma reação à transfêrencia do traficante", disse. O secretário de segurança pública, César Nunes, afirmou não ter sido pego de surpresa, já que o serviço de inteligência da PM tinha informações desde sábado sobre a possibilidade dos ataques. Segundo Nunes, depois do episódio o policiamento foi reforçado em Salvador.
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