O ex-deputado federal Hildebrando Pascoal foi condenado a 18 anos de reclusão, em regime fechado, pela morte do mecânico Agilson Firmino dos Santos, conhecido como 'Baiano', que foi torturado e teve o corpo cortado com o uso de uma motoserra, em setembro de 1996. O corpo de jurados entendeu que o ex-deputado foi o autor do crime e não o mandante da morte, conforme alegação da defesa do réu.
A decisão foi divulgada às 21h50 (Horário de Brasília), pelo juiz Leandro Gross, titular do Tribunal do Júri, de Rio Branco. Esta foi a primeira vez que Pascoal foi julgado pela justiça do estado.
Dos três reus, o júri absolveu Adão Libório e Alex Barros, que também eram acusados da morte do mecânico. O advogado Sanderson Moura, que representou o ex-deputado, confirmou que vai recorrer da decisão dos jurados.
O magistrado decidiu pelo não pagamento de indenização de R$ 500 mil para os familiares da vítima, cujo pedido havia sido feito pelo Ministério Público.
Pascoal vai cumprir a pena no Presídio Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco. Ele já cumpre pena no local por outros crime. O ex-deputado já foi condenado a mais de 80 anos de prisão por outros crimes, incluindo tráfico de drogas e a morte de um policial.
O irmão do ex-deputado, Pedro Pascoal, também acusado da morte de Baiano, não foi julgado neste mesmo tribunal do júri, por alegar problemas de saúde. Ele apresentou um atestado médico, que será investigado por peritos do Instituto de Medicina Legal e pelo Conselho Regional de Medicina.
Pedro Pascoal deve ser julgado em um novo tribunal do júri, na segunda-feira (28).
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