(Dioneles, o promotor que pediu as prisões)
PORTO SEGURO - Cópias dos mandados de prisão preventiva expedidos contra o ex-secretário de Governo e Comunicação de Porto Seguro, Edésio Ferreira Lima Dantas, e mais cinco pessoas acusadas de participarem do assassinato do presidente da APLB/Sindicato, Álvaro Henrique Santos, e do sindicalista Elisney Pereira Santos, em setembro de 2009, foram enviadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco) para a Superintendência de Inteligência da Secretária de Segurança Pública (SSP) desde o último dia 10 de fevereiro
A informação foi dada pela promotora de Justiça Ana Rita Nascimento, que disse ter estranhado uma nota expedida pela SSP, noticiada pela imprensa, afirmando que a Polícia Civil só teria sido comunicada oficialmente na segunda-feira, dia 1º, sobre os mandados de prisão contra os suspeitos das mortes dos professores.
“Como é de praxe, já que o MP trabalha em parceria com a Secretaria, remetemos imediatamente as cópias dos mandados de prisão para a Superintendência de Inteligência, para que fosse designada uma equipe de inteligência para ir a Porto Seguro efetuar as diligências necessárias à localização dos alvos e de suas residências, para posterior cumprimento dos mandados de prisão dos denunciados, através da organização de uma operação entre a SSP e COE, como sempre acontece”, explicou a coordenadora do Gaeco.
A prisão preventiva do secretário municipal Edésio Dantas, dos policiais militares Sandoval Barbosa dos Santos, Geraldo Silva de Almeida e Joilson Rodrigues Barbosa, e de Antônio Andrade dos Santos Júnior e Danilo Costa Leite, foi requerida pelos promotores de Justiça Dioneles Santana e João Alves da Silva Neto, em denúncia oferecida pelo Ministério Público em 8 de fevereiro. Os mandados de prisão foram decretados um dia depois pelo juiz Roberto Costa Freitas Júnior. Os três PMs se entregaram ontem no quartel do 8º BPM e os demais denunciados encontram-se foragidos.
Em 17 de setembro de 2009, os denunciados renderam a mãe do sindicalista Álvaro, obrigando-a a atrair o professor para o sítio onde reside sob a alegação que o filho da vítima estaria passando mal. Álvaro partiu desesperado para o local, acompanhado do sindicalista Elisney, na tentativa de socorrer seu filho. Chegando ao sítio, “as vítimas foram abatidas impiedosamente, sem qualquer chance de defesa”, denunciam os promotores de Justiça.
radar64
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