A viagem do presidente Lula ao sul da Bahia, onde inaugura o Gasoduto Sudeste Nordeste (Gasene) e abre a licitação da Ferrovia Oeste-Leste, será marcada por uma série de protestos, puxados por fazendeiros de cacau, índios tupinambá e policiais civis e militares.
Os cacauicultores querem a anulação de uma dívida superior a R$ 400 milhões, relativa às duas primeiras etapas do Plano de Recuperação da Lavoura, implementado na década passada. A própria Ceplac, órgão federal de apoio à lavoura, reconheceu erros nas recomendações repassadas aos produtores para conter a praga Vassoura-de-Bruxa.
Em maio de 2008, Lula esteve em Ilhéus para lançar o PAC do Cacau, um projeto de recuperação da lavoura cacaueira e da economia sul-baiana. Passados quase dois anos, apenas 1.500 contratos de renegociação da dívida de cacauicultores foram assinados, representando pouco mais de R$ 50 milhões. O PAC previa investimento de R$ 2,52 bilhões na região.
Noutra frente, índios tupinambás querem do presidente Lula uma posição sobre os 47,7 mil hectares de terras reconhecidos pela Funai, através de portaria em 20 de abril do ano passado, como sendo área indígena. Estes protestos são reservados à solenidade em Itabuna, no parque de exposições Antônio Setenta, onde Lula, Wagner e a ministra Dilma Rousseff inauguram a primeira base de distribuição do Gasene na Bahia. A festa terá, pelo menos, 4 mil convidados.
Os policiais civis e militares “recepcionarão” o presidente e a sua comitiva no centro de convenções Luís Eduardo Magalhães, em Ilhéus, às 15h. Os policiais cobram a aprovação imediata da PEC 300, que cria o Piso Salarial Nacional para a categoria. A organização espera atrair mil manifestantes, entre policiais e familares. Lula estará no centro de convenções para lançar edital da Ferrovia Oeste-Leste, que é parte do Complexo Intermodal Porto Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário