Tranquilo, sem camisa e com um copo de cerveja na mão. Assim estava Heydelberg Badaró Lima, na tarde de ontem, em frente à casa da família, no Beco do Cirilo, Baixa de Quintas. A cena seria comum, não fosse o fato de que há dez dias o mesmo homem foi flagrado por um cinegrafista amador arrombando um carro no estacionamento do Parque Costa Azul. Ao ver o carro do CORREIO, ele gritou para que a equipe saísse do local.
“Berguinho”, como é conhecido por amigos, prestou depoimento sobre o caso na madrugada de ontem, na delegacia da Boca do Rio. Ele responde a quatro inquéritos de furto e formação de quadrilha. E, em 1997, ele foi julgado e considerado culpado pelo assassinato da namorada Sheyla Cristina Cabral de Jesus, morta em outubro de 1995.
Heydelberg foi condenado a 19 anos de prisão e solto depois de 12 - redução justificada pelo bom comportamento. Mas, de acordo com vizinhos da antiga casa onde morava o criminoso, no Curuzu, bom comportamento é uma característica que não o acompanha há quase 30 anos.
“Com uns 18 anos, ele começou a usar droga e se perdeu”, afirma um amigo de infância de Badaró que não quis se identificar. “Tinha anos que não o via. Quando assisti ao vídeo na televisão pensei: vixe, olha Berguinho aprontando de novo.”
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