O tenente Fagner Castro, acusado de matar o perito da Polícia Civil Hilton Martins Rivas, não participou da acareação sobre o crime na Corregedoria da Polícia Militar (PM). De acordo com o capitão Marcelo Pita, da assessoria da PM, o policial não foi intimado e portanto não teria obrigação de comparecer. Segundo ele, a acareação acontecerá entre cinco testemunhas, três de Hilton e dois do tenente.
A acareação começou às 11h, com duas horas de atraso. Entre os ouvidos, Márcio de Araújo, que estava com o perito no momento do crime. A mãe de Márcio, Elisa Maria Moreira, disse que sua família se sente ameaçada, porque carros desconhecidos "rondam" sua casa e vizinhos contam que pessoas perguntam pela família, querendo saber quem mora na casa e a rotina de Márcio e seus parentes.
O diretor jurídico do Sindpoc (Sindicato dos Policiais Civis), Cláudio Lima, reclamou do texto da intimação enviada para Márcio. Lima diz que o texto traz um juízo de valor e aceita a versão do tenente, de que atirou em legítima defesa após o perito "puxar" a arma.
Márcio nega que o perito tenha retirado a arma da cintura. De acordo com ele, Hilton mostrou a identidade funcional da Polícia Civil, dizendo que "era da casa" e em seguida ficou com os braços levantados. A testemunha ressalta que quando Hilton caiu no chão, após ser baleado, continuava com a arma na cintura. O capitão Pita nega que o texto da intimação faça juízo de valor e disse que é normal que o documento traga a versão do PM, já que a polícia parte da versão do oficial para apurar o que aconteceu.
O pai do perito, Hilton Rivas, e o avô, acompanharam a acareação ao lado do advogado da família Ivan Perruchio.
*Com redação de Paula Pitta | A TARDE On Line
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