Mais dúvidas e mistérios rondam a morte do juiz substituto da comarca de Camamu, Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro, 38 anos, morto por volta das 19h de sábado, com dois tiros, pelo soldado da Polícia Militar Daniel dos Santos Soares, lotado na 35ª Companhia Independente (Iguatemi/Itaigara).
A dificuldade de testemunhas que tenham presenciado o crime pode prejudicar as investigações, assim como a alteração da cena do crime, feita pelo próprio policial. Segundo relato feito pelo soldado, que se apresentou à Corregedoria da PM, ele seguia para o trabalho, fardado, quando o juiz se aproximou, também de arma em punho. O soldado, então, disparou o primeiro tiro na clavícula esquerda do juiz, que continuou andando em direção ao policial. O PM deu o segundo tiro, no abdômen da vítima, que morreu no local.
Daniel admitiu ter mudado o corpo do juiz de posição, alegando que tentou prestar socorro à vítima. Ele também recolheu, sem autorização, uma pistola 9 milímetros, que, segundo ele, estava sendo usada pelo juiz. “Ele pegou a arma, alegando que havia muitos curiosos no local e, por isso, um novo acidente poderia acontecer”, diz a juíza Nartir Dantas Weber, presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), que acompanha as investigações.
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