Elas desenvolveram um sistema bastante alternativo para geração de eletricidade: movido a urina. Sim, o bom e velho xixi tem mais serventia do que se pensa. Cada litro de urina colocado na máquina proporciona seis horas de uso de energia elétrica. O gerador foi desenvolvido pelas adolescentes Duro-Aina Adebola (14), Akindele Abiola (14), Faleke Oluwatoyin (14) e Bello Eniola (15) e apresentado durante o evento que ocorreu no início do mês em Lagos, na Nigéria. Com baixos custos de produção e operação, o aparelho produz energia através da eletrólise da ureia, realizada no processo de filtragem da urina: depois de passar por uma célula eletrolítica, o líquido excretado é divido em moléculas de nitrogênio, hidrogênio e água. Quando esta etapa acaba, os elementos são filtrados novamente e absorvidos por um cilindro instalado no dispositivo, que empurra o hidrogênio para o interior de outro cilindro com líquido. Assim, a umidade é retirada e o composto gera eletricidade. O aparelho foi confeccionado pelas estudantes para um trabalho escolar e apresenta custos mínimos, utilizando apenas um filtro de água, um botijão de gás e o dispositivo gerador, feito a partir de células eletrolíticas.
Para Gerardine Botte, engenheira química da Universidade de Ohio, o sucesso da nova tecnologia ainda não é garantido. “É um projeto escolar, portanto, não levem muito a sério”, disse a especialista ao portal CNET.
Entretanto, o maior obstáculo para a implantação desta alternativa é o potencial explosivo do hidrogênio, que pode ser utilizado na fabricação de explosivos de alta destruição – caso elaborada, uma bomba a partir do material pode superar 50 vezes a força de uma bomba atômica – como as utilizadas em Hiroshima e Nagasaki.
Apesar de o projeto oferecer seus riscos e dúvidas, é inegável que as estudantes nigerianas desenvolveram uma maneira sustentável e inusitada de se produzir energia limpa. Com informações do CNET, CicloVivo e Mercado Ético.
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