A referência a Itabuna como rota do tráfico de seres humanos remete à década de 90, quando de fato houve denúncias de que crianças da cidade eram adotadas ilegalmente, com o envolvimento de agentes do judiciário. O juiz Luiz Roberto Cappio acredita que representantes deste poder continuem inseridos na atividade criminosa. “Suspeito que haja conivência de magistrados, agentes de saúde, e que a prática envolve outros estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul”, afirma.
Nesta terça, os deputados integrantes da CPI ouviram em Brasília o juiz substituto, o promotor Luciano Tacques Ghignone, a advogada Isabella da Costa Pinto, do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (Cedeca), e Silvânia da Silva, mãe das cinco crianças que foram retiradas da família e levadas para São Paulo.
Silvânia contou à CPI que não recebera qualquer informação sobre o processo de perda da guarda. Segundo ela, os representantes do Conselho Tutelar apareceram na porta de sua casa, afirmando que ordem judicial para levar as crianças. O juiz Vítor Bizerra, que respondia pela comarca de de Monte Santo à época do processo, foi intimado, mas não compareceu à CPI.
Com informações do jornal A Tarde.
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