Para presidente dos EUA, crise foi causada por disparos de Gaza.
Ele pediu o fim dos ataques por militantes para avanço do processo de paz.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste domingo (18) apoiar totalmente o direito de Israel de se defender, mas disse que seria "preferível" evitar uma ofensiva terrestre israelense na Faixa de Gaza. Ele também pediu pelo fim dos ataques de foguetes por militantes de dentro da Faixa de Gaza, a fim de que o processo de paz pudesse avançar. "Não há nenhum país no mundo que toleraria mísseis jogados contra seus cidadãos do lado de fora de suas fronteiras", disse Obama. "Apoiamos totalmente o direito de Israel de se defender". O presidente dos EUA também afirmou que os disparos de foguetes palestinos na direção a zonas habitadas de Israel preciptaram a crise em Gaza, onde o exército israelense lançou novos ataques aéreos. Ele fez os comentários em uma coletiva de imprensa na Tailândia durante visita ao sudeste da Ásia. Israel ameaçou neste domingo intensificar a operação militar que bombardeia Gaza pelo quinto dia consecutivo, matando nove palestinos, ao mesmo tempo em que prosseguiam os esforços diplomáticos para alcançar uma trégua. Já são 55 os palestinos mortos desde quarta-feira (14), início da operação "Pilar Defensivo", enquanto três israelenses perderam a vida por foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza.Guerra Entre Israel e a Palestina na Faixa de Gaza "Judeus em busca de um Estado".
O estado hebreu realizou bombardeios aéreos seletivos na região, onde entre os nove palestinos mortos havia três bebês, uma menina de 13 anos e duas mulheres. Um míssil israelense explodiu no campo de refugiados de Shati, na cidade de Gaza, matando a jovem de 13 anos e outro membro adulto de sua família, informou o ministério da Saúde dirigido pelo Hamas e testemunhas. Após 10 horas de calma que terminaram na madrugada, os grupos armados palestinos dispararam 33 foguetes contra Israel, dos quais cinco foram interceptados pelo sistema antimísseis Iron Dome, disseram as Forças Armadas. Dois eram dirigidos a Tel Aviv, o que ativou as sirenes na metrópole pelo quarto dia. O sistema de defesa Cúpula de Ferro interceptou os dois, disse a polícia.
Possível avanço por terra
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que o país está preparado para aumentar significativamente sua ofensiva sobre Gaza. A marinha israelense bombardeou alvos no litoral de Gaza neste domingo, quinto dia de confrontos na região. “Estamos cobrando um preço alto do Hamas e das organizações terroristas, e as Forças de Defesa israelenses estão preparadas para uma siginificante expansão da operação”, disse Netanyahu no início do conselho de ministros. "Os soldados estão preparados para qualquer atividade que possa ser levada adiante." O primeiro-ministro fez seus comentários enquanto milhares de soldados e equipamentos militares se concentram junto à fronteira com Gaza, o que alimenta a hipótese de que Israel inicie uma operação terrestre após cinco dias de ataques aéreos. Netanyahu, entretanto, não deu detalhes sobre a operação nem comentou sobre a possibilidade de uma ofensiva terrestre. Por outro lado, o porta-voz militar do Hamas, Abu Ubaida, foi desafiador ao falar em uma coletiva de imprensa em Gaza. "Esta rodada de confrontos não será a última contra o inimigo sionista e está apenas começando".
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