No mês de setembro iniciou a 32ª temporada reprodutiva de tartarugas marinhas sob a proteção do Tamar, no litoral brasileiro. Segundo o coordenador nacional do Projeto, oceanógrafo Guy Marcovaldi, a expectativa é alcançar, com essa temporada 2012/2013, a marca de 15 milhões de filhotes protegidos, desde que se mantenham as médias anuais dos últimos períodos reprodutivos, em torno de um milhão de tartaruguinhas.
Até março próximo, as fêmeas de quatro das cinco espécies que ocorrem no Brasil retornam às praias em que nasceram para depositar seus ovos - a tartaruga verde (Chelonia mydas) se reproduz de dezembro a julho, nas ilhas oceânicas. As bases do Tamar em áreas de desovas no litoral (Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Rio de Janeiro) estão a postos para intensificar o trabalho nas praias e no mar. Outras bases, como as do Ceará, São Paulo e Santa Catarina, ficam em áreas de alimentação, passagem e descanso das tartarugas marinhas.
Matriz de ameaças - Até o final desse ano fica pronta a matriz das principais ameaças às tartarugas marinhas que está sendo elaborada pelo Projeto Tamar/ICMBio. De acordo com a coordenadora técnica nacional do Tamar, oceanógrafa Neca Marcovaldi, esse trabalho é de extrema importância, levando-se em conta as dimensões quase continentais do litoral e a distribuição das espécies ao longo de toda a sua extensão.
“Com recursos limitados e diante da grande extensão do litoral brasileiro, é preciso concentrar esforços, identificando quais ameaças matam as diferentes espécies de tartaruga, levando-se em conta as diversas fases da vida desses animais”, afirma a oceanógrafa. O maior desafio, após 30 anos de trabalho, é utilizar o conhecimento acumulado para priorizar ações capazes de otimizar os resultados de recuperação das populações das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil.
fonte: http://www.tamar.org.br/noticia1.php?cod=378
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