Itabuna, de fato, parece destinada a ser laboratório de experiências pioneiras em termos de tragédias cidadãs. Há poucos dias, com o indiciamento e afastamento de seis dos treze
vereadores, os caçadores de polêmicas jurídicas tiveram de quebrar as cabeças para ordenar as brutais contradições quanto ao julgamento interno ao Poder Legislativo sobre os envolvidos no caso: a minoria julgaria a maioria? Caberia cassação através de Comissão de Ética. Os suplentes não teriam interesse direto em afastar definitivamente os suspensos temporariamente do exercício dos mandatos? Estes seis suplentes não teriam influência sobre mais uns dois outros vereadores? Ao fim e ao cabo, a própria lentidão processual foi arquivando dúvidas sem as dirimir e a própria legislatura exauriu-se antes do completo esclarecimento da ocorrência. Sem prestar atenção ao vazio de poder, porém, o município vai andando, mesmo com a decapitação moral de sua edilidade. Nessa letargia de ética e honestidade em nossa Casa fazedora de Leis, entretanto, deveria ser receitado, com rapidez, o remédio jurídico apropriado constitucionalmente para situações como esta. Ou será que estas coisas só acontecem por aqui?
fonte: Val Cabral Língua afiada
fonte: Val Cabral Língua afiada
Nenhum comentário:
Postar um comentário