As 10 Falhas na Gestão Pública *
Esse artigo faz uma analogia aos principais erros cometidos por gestores públicos que resultam na perda da eficiência, insuficiência de resultado e o principal: insatisfação da sociedade.
1° Erro – Falta de Planejamento:
É recorrente a tomada de decisão e execução de tarefas conforme a necessidade da situação, em caráter de urgência e sem a devida programação exigida para a aplicação e uso dos recursos, sejam eles financeiros ou humanos.
A Lei de Responsabilidade Fiscal obriga o gestor a executar o planejamento definido nos também obrigatórios Planos Plurianuais (PPA) e na Lei das Diretrizes Orçamentária (LDO).
2° Erro – Desconsiderar o Orçamento Público
Muitos gestores consideram o Orçamento como uma dificuldade burocrática na administração. No entanto, não se pode legitimar, planejar e efetivar gastos públicos sem a devida previsão orçamentária.
No entanto, além da obrigação, o Orçamento deveria ser compreendido como uma forma de planejar o trabalho, definir prioridades, podendo extrapolar para a análise da captação e aplicação de recursos, efetivando assim o trabalho em equipe e o uso correto e transparente dos recursos.
3° Erro: Centralização das Decisões
Em geral, acredita-se que o compartilhamento das decisões signifique a perda de poder político e o gestor sobrepõe a política ao conhecimento técnico, gerando a ineficácia de sua Administração
4° Erro: Falta de investimento em capacitação técnica
Para obter bons resultados na Administração Pública é essencial que o gestor possua uma equipe qualificada, treinada e com conhecimentos técnicos em diversas áreas de atuação.
No entanto é comum a preferência política e a manipulação de cargos para o fortalecimento de alianças políticas, o que torna a gestão ineficiente e sem a qualidade desejada.
5° Erro: Falta de Transparência
Ainda que a Lei de Responsabilidade Fiscal obrigue a publicação das atividades desenvolvidas por gestores, assim como em uma organização de capital aberto, é fundamental na administração pública a transparência em sua gestão, com a publicação de materiais relevantes, planejamentos e demonstrações de resultado.
Entretanto, em geral o político comete esse erro por receio de ter a sua atuação questionada ao tornar público todos os seus atos e, quando publicam, fazem apenas para cumprir a lei, de uma forma rebuscada e resumida.
6° Erro: Falta de indicadores e informações
São várias as situações em que uma decisão é tomada sem existir conhecimento técnico e informações relevantes que justifiquem a tomada de uma decisão.
Seja pela falta de planejamento, ou pela falta de capacitação da equipe, as decisões não são compartilhadas com a sociedade e não são mensuradas por indicadores que acompanhem o desenvolvimento da Administração Pública.
7° Erro: Não fazer Benchmarking
Não há a necessidade de ficar inventando processos, ferramentas e projetos em todos os momentos.
O Benchmarking permite a análise de outras ações já realizadas e a sua adaptação para a realidade da região administrada, evitando-se assim o custo do retrabalho e aumentando o índice de sucesso dos projetos.
8° Erro: Descrença em punições administrativas e criminais
A Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe novos conceitos de probidade, moralidade e responsabilidades para os gestores públicos e transmite a necessidade dos princípios da moralidade, do combate a corrupção e da busca por resultados concretos.
9° Erro: Falta de Administração Profissional
Ao cometer os erros anteriores o gestor torna a sua administração muito parecida com de uma casa, ou empreendimento de pouco valor sem a organização de informações e um planejamento adequado, fruto normalmente da deficiência técnica.
10° Erro: Foco excessivamente político
O gestor sente-se limitado e acuado com as responsabilidades legais e seus esforços são voltados para a sobrevivência política, em busca de apoio e manutenção da vida política.
Esses 10 erros são recorrentes, mas a Administração Gerencial, nova escola que surgiu com a Evolução da Administração Pública, tende a corrigi-los e tornar Gestão Pública mais profissional, transparente e voltada a resultados.
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*Esse material foi baseado no Artigo do Prof. Sérgio Roberto Bacury de Lira, disponível em: http://www.fenecon.org.br/informe/0018-pecados.htm
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