A luz vermelha acendeu. Depois de décadas pagando um preço alto por sua desorganização, a Prefeitura de Ilhéus está começando a desfazer uma espécie de emaranhado de fios capaz de causar um enorme choque ao cidadão comum. O Jornal Bahia Online teve acesso com exclusividade aos primeiros resultados de um trabalho silencioso – mas importante – que vem sendo feito pelo secretário de Serviços Públicos, Carlos Freitas, que revela a origem de nunca haver recursos da Taxa de Iluminação Pública (TIP) – paga pelos usuários - para aplicar na cidade. As queixas de ruas às escuras não param de chegar. E nunca há recursos suficientes para atender a demanda. Hoje na Prefeitura de Ilhéus o secretário tem à sua disposição uma média de 100 lâmpadas a cada trimestre para substituir pelas queimadas, quebradas ou defeituosas. “Precisaria de 500 por mês para deixar a cidade totalmente iluminada”, sonha.
Mas se há arrecadação, por que não há lâmpadas suficientes para atender a necessidade dos ilheenses? A resposta ainda é do conhecimento de poucos. E Freitas está apenas no início de uma profunda investigação administrativa que pode levar a uma escandalosa revelação e começar a desmascarar um poderoso grupo de cidadãos que se beneficiam de recursos públicos, do dinheiro do contribuinte. Tudo começou em forma de curiosidade, revela Carlos Freitas. “Nunca entendi porque a prefeitura na hora de fazer encontro de contas com a Coelba sempre ficava devendo à empresa. Fiz um levantamento e descobri que este déficit existia por que apesar de termos um valor significativo de TIP a receber, temos que pagar conta de energia de 372 imóveis próprios ou alugados pela Prefeitura”.
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