Em seu nono ano de governo petista, Mantega foi ministro do Planejamento, presidente do BNDES e está ministro da Fazenda há quase seis anos. É o terceiro mais longevo no posto, perdendo para Pedro Malan (1995-2002) e para seu amigo e conselheiro econômico Delfim Netto (1967-1974), um dos principais formuladores do pensamento econômico da ditadura militar. Em meia hora de conversa sobre “o Guido” (pronuncia-se o ditongo), o hoje consultor (e articulista de vários jornais) enfileirou adjetivos: “extremamente competente”, “muito bem formado”, “ideias firmes”, “corajoso”, “educado”, “decente”, “muito afável”, “alegre”, “confiável”, “íntegro”. Os que discordam de Delfim costumam chamá-lo de “herbívoro”, “burrinho” ou “Forrest Gump” – termos ouvidos de alguns de seus adversários. A despeito deles, Mantega, trabalhando quase em silêncio, transformou-se no ministro mais poderoso da Esplanada. Ao ouvir isso, ele responde, com humor e a vaidade da modéstia:
– Olha, não sou poderoso. Poderosa é a presidenta. Ela teve 54 milhões de votos. Ela é a poderosa. Nós somos nomeados.
– Olha, não sou poderoso. Poderosa é a presidenta. Ela teve 54 milhões de votos. Ela é a poderosa. Nós somos nomeados.
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