Em defesa da soberania judicial iraniana - que admite a morte por apedrejamento de mulheres adúlteras - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não apoiará a campanha pela libertação da iraniana Sakineh Ashtiani. Questionado sobre campanha "Liga, Lula", que pede ao presidente brasileiro que entre em contato com o iraniano Mahmoud Ahmadinejad para evitar o apedrejamento da mulher acusada de infidelidade, Lula disse que haverá "avacalhação", caso sejam atendidas solicitações desse tipo a cada indignação internacional.
"É preciso tomar muito cuidado porque as pessoas têm leis e regras. Se começarem a desobedecer às leis deles para atender aos pedidos dos presidentes, daqui a pouco há uma avacalhação", afirmou. "Um presidente da república não pode ficar na internet atendendo a todo pedido que alguém pede de outro país." Mas Lula ressaltou que acha que nenhuma mulher deveria ser apedrejada por conta de traição.
Segundo Lula, o governo brasileiro já engajou-se na libertação da professora francesa Clotilde Reiss, detida no Irã, porque houve um pedido do presidente Nicolas Sarkozy.
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