O advogado contratado pela família do homem que atirou em três pessoas
na manhã desta quinta-feira, na região da Aclimação (na zona sul de São
Paulo), afirmou que a mãe dele havia entrado com um pedido de interdição
após o filho, que sofre de esquizofrenia, sair de casa há cerca de dois
meses.
Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress
Policiais cercam casa onde homem que atirou contra três pessoas se esconde, na Aclimação, zona sul de SP
Segundo o advogado José Conciolito, a mãe de Fernando Gouveia, 32,
localizou o filho após algum tempo desaparecido morando na casa de uma
psicóloga. Como ele não retornou para casa, ela então teria procurado o
advogado e entrado com um pedido de interdição na Justiça.
Com o ordem judicial, Fernando deveria passar por uma avaliação e
posteriormente poderia ser internado em uma clínica particular em
Itapira (a 164 km de São Paulo). Ele, no entanto, resistiu após a
chegada do oficial de Justiça a casa em que estava na manhã de hoje.
Ao todo, estiveram no local o oficial de Justiça, três enfermeiros, um
médico e o advogado da família. Ao ser informado da ordem judicial,
Fernando atirou e atingiu o oficial de Justiça na região do tórax, um
enfermeiro no rosto e a psicóloga que morava com ele no braço.
As três pessoas atingidas foram socorridas e estão no pronto-socorro
Vergueiro. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os dois homens --de
37 e 49 anos-- e a mulher de 45 ainda estão sendo atendidos e o estado
deles é estável, mas não foram passados detalhes.
Após ferir as três pessoas, Fernando entrou na casa e se recusa a sair,
de acordo com a Polícia Militar. "A ação é mais difícil porque ele está
fora do seu estado natural. Seria mais fácil se ele estivesse
completamente consciente", afirmou o tenente-coronel Marcelo Ignatari,
que participa das negociações.
Fernando mantém contato com os policiais por telefone. Ele disse que
está ferido na cabeça e no braço devido a uma luta corporal que teria
ocorrido com um dos enfermeiros. Ele também afirmou aos policiais que
possui três armas e não fez nenhum exigência, apenas se recusa a sair da
casa.
"A invasão é uma hipótese, mas agora estamos fazendo apenas negociação.
Nós queremos mostrar que a única alternativa para ele é se entregar",
afirmou o tenente-coronel. Um psicólogo da PM também participa das
negociações.
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