O descrédito do eleitorado brasileiro em relação à classe política desceu a um nível tão baixo que as eleições de 2012 já estão sendo vistas como mais um teste para a nossa democracia. A frieza dos eleitores - os das capitais e das pequenas cidades, principalmente - é palpável e motivo de preocupação dos candidatos, que temem uma enxurrada de votos brancos e nulos. Até mesmo políticos tradicionais, tidos como “bons de votos” estão sentindo a indiferença de seus eleitores. A desilusão do eleitorado com os políticos é justificado até um certo ponto, e se deve, em parte, as crises que abalam a nação: a crise moral e, agora, o envolvimento de vereadores de Itabuna, acusados de envolvimento em corrupção.A opinião pública – particularmente a faixa menos informada e politizada - atribui grande parte dessas crises aos políticos, indistintamente, nivelando-os por baixo.É verdade que os maus políticos espalhados por todo o Brasil têm sido os grandes responsáveis por esse descrédito.Políticos que impunemente se confessam corruptos, sonegadores, lobistas etc e freqüentam noticiário policial dos jornais não são, certamente, exemplos de homens públicos e nem estimulam o eleitor a comparecer às urnas. Apesar de tudo isso, a generalização é injusta.Temos que acreditar que ainda existem muitos homens e mulheres bem intencionados na política brasileira, alguns começando agora pelo caminho da veerança. E é justamente pelo voto e não pela omissão, como pregam muitos dos desiludidos – que os maus políticos serão expurgados da vida pública. Estamos a cinco meses das eleições.Há tempo para que os eleitores que pretendem se abster ou anular seu voto se conscientizem da gravidade de outra opção que não seja a do voto direto, claro, limpo – representativo do direito de votar que a Constituição lhe assegura.Fora disso, o eleitor faltoso estará abdicando do seu direito de reclamar e do seu direito de ter direitos. Com a oportunidade da reeleição nos dada através da Legislação, cria-se a oportunidade da manutenção, dos administradores que de fato bem administram o patrimônio público, que tem compromisso com sua comunidade, em fim que sabem gerir o dinheiro do povo em seu próprio benefício, e excluir de vez àqueles que abusam da confiança recebida para em causa própria, aumentando a miséria e as desigualdades sociais.
(*) Sobre o Autor - Paulo Caminha é mestre e doutor em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo-(ECA/USP). Paulo Caminha é jornalista profissional desde 1980, já trabalhou em praticamente todos os principais veículos da imprensa brasileira (jornais, revistas e redes de TV). Atualmente, é jornalista correspondente e professor de Língua Estrangeira.
(*) Sobre o Autor - Paulo Caminha é mestre e doutor em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo-(ECA/USP). Paulo Caminha é jornalista profissional desde 1980, já trabalhou em praticamente todos os principais veículos da imprensa brasileira (jornais, revistas e redes de TV). Atualmente, é jornalista correspondente e professor de Língua Estrangeira.
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