O caipira tinha um boizinho que era um exímio reprodutor. Bastava encostar uma vaquinha que ele “crau”.
Fazendeiros da vizinhança, que utilizavam o boi para emprenhar suas vaquinhas, acharam que o caipira estava ganhando muito dinheiro e concluíram que era mais negócio se cotizar e comprar o animal.
O caipira podia ser caipira, mas não era bobo e pediu uma grana alta pelo seu garanhão.
Os fazendeiros foram se queixar ao Presidente da Câmara de vereadores, (gasparzinho), que de olho nas próximas eleições resolveu comprar o boi e incorporá-lo ao patrimônio público.
Claro que aquilo era motivo para foguetório, discursos e show com uma indefectível banda de (argh!) axé music (?).
Os fogos espocaram, os discursos louvaram o vereador (gasparzinho) benfeitor, o edil louvou sua benfeitoria e a banda tocou seus sucessos, aquelas músicas (?) geniais que rimam mãozinha com bundinha, joelhinho com peitinho e por aí vai…
Quando chegou a hora do ´gran finale´ botaram uma vaquinha jeitosinha ao lado do boi e ele… nada!
Espanto geral. Trouxeram outra vaca, bem gostosona, e o boi… nada de novo!
A oposição já pensava em pedir uma CPI do Não Valeu o Boi, quando um fazendeiro apareceu com uma vaca holandesa, cheirando a leite moça. Agora vai, disseram todos.
Não foi!
O caipira, com medo de que o negócio fosse desfeito, encostou no boi e falou, com todo jeito:
- O que é isso? Você não podia ver nem uma mula manca que já estava traçando e agora fica recusando essas vacas que nem eu dispensaria…
E o boi, na maior displicência:
-Então vai você. Eu agora sou funcionário público…
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