Por Athylla Borborema
A operação promovida pelo Ministério Público do Estado da Bahia visa desbaratar um esquema de corrupção existente na Câmara Municipal de Mucuri, referente a pagamento por empresário do ramo imobiliário de vultosas quantias e na doação de bens imóveis a pelo menos seis vereadores de Mucuri, os quais, como contraprestação, comprometeram-se a aprovar e apressar a votação do Projeto de Lei de interesse do setor imobiliário, independentemente de qualquer consideração acerca do interesse público relacionado à questão, informa a promotora de justiça titular de Mucuri, Milena Moreschi, que está atuando na operação em conjunto com o promotor de justiça Pablo Antônio Cordeiro de Almeida e de outros três promotores da GAECO.
Foram inicialmente presos, o empresário Arlei Francisco Vescov, o “Arley da Traterra”; o presidente da Câmara de Vereadores de Mucuri, Carlos Gonçalves de Souza, o “Tazinho” (PSDB); a vice-presidente Gisele Aparecida Seguro Gazzinelli (PTB) e o vereador Roberto Correia Bastos, “Nicó” (PSC), que tiveram suas prisões preventivas decretadas pela justiça a pedido do Ministério Público Estadual. E no final da tarde desta quinta-feira (22/12), os vereadores Roberto Alves dos Santos, o “Professor Roberto” (PSC), Márcio de Jesus Machado, o “Marcinho da Divisa” (PDT), e Wilson Pereira Cabral, o “Wilsinho da Pinheiro Móveis” (PR), se apresentaram na companhia dos seus advogados na 8ª Coorpin.
1º Tenente Monivon (CAEMA), Promotor Pablo Almeida (MP) e o Delegado Kleber Gonçalves (8ª Coorpin) |
O promotor Pablo Almeida disse que na operação, foram apreendidos R$ 20 mil em espécie, quatro armas de fogo e R$ 200 mil em cheques pré-datados. Sendo que na casa do vereador Wilson Pereira Cabral, o “Wilsinho da Pinheiro Móveis”, no distrito de Itabatã, foram apreendidas três armas de fogo, duas escopetas, uma calibre 20 e outra calibre 12, além de um revólver calibre 38. Na casa do presidente da Câmara Municipal, Carlos Gonçalves de Souza, o “Tazinho”, também no distrito de Itabatã, o MP apreendeu R$ 18 mil em espécie, um revólver calibre 32 de numeração raspada e quase toda a documentação financeira do Poder Legislativo, que era manuseada a partir da sua residência, conforme declara o promotor. Dentre estas e outras evidências suspeitadas anteriormente, bem antes do flagrante e munido de provas tão robustas, tendo em vista que as testemunhas e os dois vereadores denunciantes estavam se sentido ameaçados pelos denunciados, o Ministério Público se viu na obrigação de apressar as investigações e representar pela prisão preventiva dos acusados.
O presidente da Câmara Municipal de Mucuri, vereador de terceiro mandato, Carlos Gonçalves de Souza, o “Tazinho”, é cunhado do atual prefeito Paulo Alexandre Mattos Griffo, o “Paulinho de Tixa”. Mas quando perguntado, o promotor de justiça especial Pablo Almeida, disse que a operação não atinge o prefeito Paulinho, tendo em vista que ele não foi citado durante as investigações, tanto pelas testemunhas, quanto pelos vereadores e os donos do loteamento, bem como nas escutas telefônicas nada evidenciou que o chefe do executivo ao mínimo soubesse ou tivesse envolvimento no esquema montado pelos 6 vereadores presos. Mas afirmou que os trabalhos de apuração vão continuar objetivando se concluir a investigação criminal com a devida denuncia a justiça de todos os verdadeiros culpados.
ai monivon nao mata ninguem veriadores tem cafe no bule
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