O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta sexta-feira (20) que o governo está convencido do sucesso do leilão do campo de Libra, o primeiro do pré-sal sob regime de partilha e que está marcado para 21 de outubro. Ele reclamou porém de “pessimismo” de analistas depois da divulgação de que as gigantes norte-americanas Exxon Mobil e Chevron e as britânicas BP e BG decidiram ficar fora da disputa.
Lobão disse que a expectativa do governo é que entre dois e três consórcios participem da disputa pelo campo de Libra. Ele afirmou, porém, que mesmo se houver apenas um consórcio, o leilão será mantido.
“O governo está plenamente convencido do sucesso que ocorrerá no leilão de Libra, estimulado pelo interesse demonstrado pelas empresas inscritas, entre as quais algumas das maiores petroleiras do mundo”, disse o ministro, em entrevista na sede do ministério.
Ele apontou “certo pessimismo demonstrado por alguns analistas no sentido de que algumas grandes petroleiras deixaram de participar da inscrição do leilão”. Para rebater isso, o ministro afirmou que, das empresas que demonstraram interesse em Libra, 7 estão entre as 11 maiores do mundo.
“Não se poderia imaginar um sucesso maior que esse no sentido de participação de grandes empresas”, disse Lobão.
Denúncias de espionagem
Segundo o ministro, o governo não recebeu nenhuma informação apontando que a ausência das empresas norte-americanas e inglesas no leilão estaria relacionada às denúncias de espionagem do governo dos EUA contra a Petrobras.
Lobão disse que as regras do leilão estão “claramente estabelecidas”, que o governo procurou defender com elas o interesse do Brasil, mas “sem complicar a vida das empresas.”
“O campo de Libra é generoso e vai demonstrar que representa um grande marco na exploração de petróleo no Brasil e uma grande oportunidade para as petroleiras que venham trabalhar conosco”, completou.
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