A segunda-feira começa com centenas de foliões nas ruas de Salvador na festa dos trios elétricos. Mais de 60 atrações vão desfilar nos três circuitos do carnaval da capital baiana. No endereço mais visitado de Salvador, o Centro Histórico, trio elétrico não entra. São das fanfarras - os antigos carnavais - as ruas do Pelourinho. Baianos, turistas brasileiros, estrangeiros, são todos bem vindos. Quem garante é o Guru dos Filhos de Ghandy.
“Quem vem para o carnaval de Salvador e não brincar um pouquinho no Pelourinho é a mesma coisa de entrar em um templo católico e não rezar”, afirma Tio Souza.
Há espaço para as manifestações mais genuínas. No Pelourinho, a brincadeira é uma poesia. No bloco ‘Boca de Brasa’, a brincadeira homenageia Vinícius de Moraes. É festa em todos os becos, alegria em cada esquina. Olhos atentos e coração preparado para as surpresas. É assim o carnaval do Pelourinho. De repente, se tem a impressão de estar em Olinda. Jorge Amado, Caymmi, Carmem Miranda: brasileiros que deixaram saudade formam o bloco dos bonecos gigantes. Mais adiante, o ritmo genuinamente baiano. A batida inconfundível do Olodum inunda de alegria ruas e casarões, invade a alma. Este ano, os tambores do carnaval baiano ganharam mais um aliado: o Afródromo criado pelo cacique Carlinhos Brown, desfilou pela primeira vez nas ruas de Salvador.
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