A hipertensão arterial, conhecida como pressão alta, é uma das doenças crônicas mais comuns na sociedade. Se não evitada ou tratada adequadamente, pode levar a complicações importantes, como infartos do coração e insuficiência renal. Uma pesquisa publicada na revista "Journal of the American Medical Association" aponta que 6 fatores comportamentais podem ser responsáveis por 78% de diminuição na aparecimento da pressão alta para mulheres.
A lista de fatores modificáveis inclui índice de massa corporal, não seguir as recomendações dietéticas para evitar a hipertensão, uso frequente de analgésicos, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e não consumir a quantidade recomendada de ácido fólico por dia. O fator mais importante dentre esses foi o Índice de Massa Corporal. O controle do peso responde pela metade dos casos de pressão alta na sociedade. Mulheres obesas, ou seja, com IMC acima de 25, têm 48% mais chance de ter hipertensão.
Os outros fatores respondem por aumentos menores do risco. Para cada fator evitado, menor o risco de se apresentar a hipertensão. Se todos os 6 fatores puderem ser controlados, o que acontecia com cerca de 0,3% do grupo estudado, o risco pode ser diminuído em 78%. Além de controlar o peso, as mulheres que desejam evitar a pressão alta devem:
- Evitar o uso de analgésicos frequentemente, ou seja, mais de uma vez por semana. Isso pode diminuir em 17% o risco.
- Seguir as recomendações de uma dieta saudável para o coração, com pouco sal, e consumir muitas frutas e vegetais pode cortar em 14% o risco.
- Fazer 30 minutos de exercícios vigorosos todos os dias pode evitar 14% dos casos de hipertensão.
- O consumo de mais de um drinque por dia é responsável por 10% do risco de pressão alta.
- Por último as mulheres devem consumir pelo menos 400 mg de ácido fólico todos os dias e diminuir seu risco em 4%.
Apesar de difícil, quanto mais fatores de risco forem controlados, menos casos de hipertensão. A existência de áreas que favoreçam a prática de exercícios, legislação que controle o processamento de alimentos, como o uso de gorduras trans, por exemplo, podem ajudar. Isso aponta para uma combinação entre ações públicas e privadas. As doenças cardiovasculares consomem uma parte substancial dos recursos gastos em saúde e cortam anos de vida das pessoas. Cuide-se.
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