Traficantes executaram soldado PM em Abrantes
Foi uma execução”. A conclusão é do titular da 26ª Delegacia Territorial (DT) – Vila de Abrantes, delegado Marcos Tebaldi, ao descrever à imprensa, na manhã desta sexta-feira (13), os detalhes da morte do soldado PM Tiago Serra Gonçalves, 24 anos, encontrado no porta-malas do seu carro, um Gol branco, na localidade de Catu de Abrantes, em Camaçari, na quarta-feira (11). “Os executores confundiram o soldado com um traficante, matando-o depois que encontraram sua farda na mochila dentro do Gol”, explicou.
Acompanhado do major Albuquerque, comandante da 22ª Companhia Independente da Policia Militar (CIPM), de Simões Filhos, Tebaldi contou aos jornalistas como foi o trabalho integrado das DTs de Simões Filho (22ª) e Vila de Abrantes (26ª), além da 22ª CIPM, que em menos de 24 horas identificou e localizou os responsáveis pelo crime, desarticulando também uma quadrilha de traficantes e homicidas que atuava na RMS.
Já encaminhado para a Comunidade de Atendimento Sócio Educativo (Case), um adolescente de 16 anos, que participou do assassinato, foi o primeiro a ser capturado. Ele estava escondido num imóvel na localidade de CIA-I, em Simões Filho, na companhia de outros quatro traficantes, que foram para o local depois que souberam que estavam sendo procurados pela polícia.
Dois deles, Ginevaldo Brito Santos, o “Gil”, e Elton Carlos Souza Brito, o “Cacunda”, também participaram do assassinato do PM. O primeiro morreu em confronto com policiais da 22ª CIPM e o segundo conseguiu fugir. Os outros dois traficantes que estavam no imóvel, Leonardo Gonzaga Santos, o “Léo Pequeno”, e Edvan Nascimento Ferreira, o “Cajá”, que não tiveram envolvimento direto na morte do PM, mas fazem parte da quadrilha, foram presos e apresentados à imprensa, nesta sexta-feira (13), na DT de Vila de Abrantes. Os dois traficantes ficarão custodiados na carceragem da 26ª DT, à disposição da Justiça.
A polícia apurou que o soldado Tiago, lotado na Base Comunitária de Segurança (BCS), do Nordeste de Amaralina, mantinha relacionamento com uma adolescente de 17 anos, moradora da invasão Nova Abrantes. Na noite do crime, a garota ligou para o policial e pediu que ele fosse ao seu encontro. O PM dirigiu seu carro de Pernambués, bairro onde morava, até a casa da adolescente, que disse, em seu depoimento ter presenciado toda a ação dos assassinos.
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