O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebeu em 2011 um total de 29.125 chamadas, uma média de 80 por dia e de 3,3 solicitações por hora, das quais 16.985 trotes, o que representa 58,3% das ligações recebidas.
Um dado importante é que, apesar desta distorção, foram possíveis 12.140 atendimentos médicos de urgência, com o registro de apenas 138 óbitos em acidentes diversos ou em casos de agressões, com um índice de 1,1% de mortalidade.
O coordenador administrativo do Samu, Reinaldo Ferreira, afirma que a taxa de letalidade baixa mostra a importância da rapidez e eficiência do serviço, que funciona em plantões de 24 horas, e a mobilização de quatro equipes.
O trabalho mobiliza quatro ambulâncias, com uma unidade avançada, equipada com UTI, médico, enfermeiro e condutor, que atendem os casos mais graves como AVC, acidentes e atentados a bala; duas unidades básicas, com auxiliar de enfermagem e condutor; uma unidade não padronizada para atendimento caráter social e uma motolância, equipada para áreas de difícil acesso e antecipação de atendimento até a chegada de uma das ambulâncias.
Ferreira explica que além de 10.989 chamadas atendidas, o Samu também prestou 735 orientações pelo telefone e deu apoio a 416 remoções interhospitalares, com a utilização da unidade não padronizada e da UTI. Do total de atendimentos, 829 foram realizados com a unidade avançada; 6.477 com as unidades básicas e 467 através da motolância, transportando pacientes para hospitais.
O relatório mostra que foram atendidos 2.378 pacientes clínicos adultos e outros 145 pediátricos, além de 2443 pacientes traumáticos, 121 obstétricos, 341 atendimentos psiquiátricos, 14 casos de queimaduras e 444 cardiovasculares, sendo os restantes de outras especialidades diversas, além da realização de pequenas suturas e medicação dos casos menos graves, sem precisar a remoção do paciente para uma unidade hospitalar.
O trabalho mobiliza para Reinaldo Ferreira uma equipe com 18 condutores, 14 médicos, oito enfermeiros, 16 técnicos de enfermagem, cinco operadores de rádio, 10 telefonistas, oito integrantes da equipe de higienização, quatro guardas municipais que cuidam da segurança da unidade e três técnicos na coordenação entre os quais um administrador, um médico e um enfermeiro.
O grande número de trotes preocupa ao administrador do Samu, que já tem listado uma série de números de telefones, em sua maioria celulares, os quais serão encaminhados numa denúncia junto ao Ministério Público. O trote, segundo ele, afeta a qualidade do serviço, uma vez que em muitos casos pode gerar o deslocamento de equipes sem nenhuma necessidade, enquanto existem pacientes graves e precisando de atendimento urgência em outro ponto da cidade.
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