De acordo com o responsável pela contabilidade do governo, Rubens Rodrigues, o descalabro é tão grande que a gestão não tem sequer um histórico contábil. Há pendências junto à Receita Federal e INSS, como a não informação da GFIP e ausência de recolhimento do Pasep, além de dívidas volumosas com a Embasa e a Coelba.
Durante os 13 meses que passou à frente da administração, o ex-prefeito Eudes Bomfim não pagou as contas de água e a dívida acumulada supera os R$ 400 mil. Já o débito referente a contas de energia elétrica deixadas em aberto é de R$ 60 mil e ainda há uma dívida de R$ 412 mil com a Oi, mas essa é herança do governo Orlando Filho.
O prefeito recém-empossado ainda acusa a equipe anterior de dar destino incerto a bens do patrimônio municipal. Computadores, veículos e até geladeiras teriam desaparecido e Monteiro já disse que solicitará da justiça a expedição de um mandato de busca e apreensão.
O estado caótico não será resolvido a curto prazo, conforme salienta Rubens Rodrigues. Nos próximos meses, o governo deverá procurar reorganizar a folha, missão que tem dificuldades além da falta de recursos. “Levaram do RH até as fichas com os cadastros de servidores”, denuncia. Há várias categorias de funcionários com pelo menos dois meses de salários atrasados.
“Até o final do ano, a Prefeitura não terá condições de restabelecer seus trabalhos normais”, afirma Rodrigues. Ele ainda acrescenta que as pendências com INSS e Receita impedem que o município obtenha a CND (Cetidão Negativa de Débitos), o que inviabiliza a formalização de convênios financeiros.
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