Se estava faltando cloro na água fornecida pela Emasa – como chegou a denunciar o vereador itabunense Ruy Machado – era porque o produto comprado pela empresa municipal vinha abastecendo o esquema de uma quadrilha formada por alguns de seus funcionários.
A bomba estourou hoje, quando a polícia prendeu um rapaz identificado como Marcos “Orelhão”, trabalhador da Emasa. Ele confessou que, no último final de semana, esteve no depósito da empresa no bairro de Nova Ferradas e retirou seis sacos de cloro, cada um contendo 25 quilos do produto.
Segundo “Orelhão”, o cloro foi levado para um receptador do bairro Califórnia, que ele identificou apenas como Neguinho. Para retirar e transportar o produto desviado, o funcionário diz ter recebido R$ 60,00.
A polícia apurou que o esquema de desvio de cloro da Emasa funciona há bastante tempo. Agentes da 6ª Corpin estão em diligências para localizar outros envolvidos, que podem chegar a um número entre 20 e 40 pessoas, inclusive alguns chefes de setor.
Ouvido hoje por uma emissora de rádio de Itabuna, o presidente da Emasa, Alfredo Melo, demonstrou espanto. “Eu não entendo como isso funcionava”, afirmou.
Pimenta na Muqueca.
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